Fusão de empresas: como a área contábil deve agir

Nos últimos anos, o Brasil tem se destacado pela sua capacidade de criação e inovação em diversas áreas. Com isso, empresas de alto impacto emergiram e se tornaram relevante no cenário econômico internacional, chamando atenção de outros players do mercado, como empresas maiores do mesmo segmento e fundos de investimento. Neste cenário, tivemos um aumento considerável nos processos de fusão de empresas e, mesmo com os problemas de corrupção, a expectativa é de que o país continue no holofote dos investidores internacionais.

Para que uma empresa possa realizar o processo de fusão ou aquisição de uma outra companhia, é fundamental ter uma assessoria contábil sólida e com capacidade analítica para tratar dos trâmites legais que envolvem o processo. Neste artigo, vamos entender como a área contábil deve agir em uma fusão e como o gestor deve se preparar para administrar este processo.

Entenda as etapas

O primeiro passo em uma fusão de empresa é assinar um documento chamado Protocolo. Neste documento os administradores das companhias envolvidas expõem suas motivações e justificativas para aquela sociedade e o apresentam aos órgãos competentes para avaliação. Isso é necessário porque há casos onde uma fusão ou aquisição pode deter uma grande fatia do mercado, o que não é permitido por lei. Aprovado este ponto, a fusão ocorre em três fases:

1. Transmissão do patrimônio das sociedades fundidas para a nova sociedade;
2. Passagem dos acionistas das sociedades fundidas para a nova sociedade;
3. Extinção das sociedades anteriores e de seus patrimônios.

Todas essas fases deverão ser supervisionadas pela equipe contábil e jurídica da empresa, sendo fundamental estar atento à Lei das S/As, que rege processos como esse.

O papel da área contábil na fusão de empresas

O time contábil é fundamental neste processo, é ele quem consolida as informações de forma estruturada, entregando aos adminstradores uma rica fonte para a tomada de decisão. O principal e mais importante papel da contabilidade aqui são os estudos tributários que serão determinantes e impactantes nos custos da nova companhia. Na retaguarda dos tributos, a equipe contábil precisa estar atenta às questões trabalhistas, informando aos órgãos de fiscalização do trabalho as mudanças ocorridas. Cabe também ao time atuar em conjunto com a equipe jurídica nas adequações societárias obrigatórias em uma fusão. Leia mais sobre o papel do contador no planejamento tributário aqui.

Gerindo o processo

Uma fusão de empresas é um processo demorado, que exige pesquisa, estudo e análise dos dois lados da moeda. Uma equipe sinérgica com alta especialização e entendimento do negócio certamente vai desenvolver o processo com eficiência. Mais do que executar um processo, a gestão contábil deve ser analítica o suficiente para identificar possíveis gargalos e agir com inteligência na tomada de decisão ou na sugestão de ações para o conselho da fusão. Estruturar o processo em etapas, entregando as fatias aos profissionais mais especializados da equipe, é a chave do sucesso.

Controle é fundamental

Unir duas companhias é um processo demorado e que exige muita atenção. São centenas de informações que, multiplicadas por dois, exigem um controle muito grande da área contábil. Deste modo, a utilização de soluções fiscais é uma maneira inteligente adotada por muitas empresas para reduzir riscos, custos e ganhar em eficiência e produtividade.

Crise econômica, inflação e turbulência política não tiraram o Brasil do foco dos investimentos internacionais. Pelo contrário, a criatividade do empresariado brasileiro e a sua resiliência diante de situações desfavoráreis nos fortalecem ainda mais. A perspectiva é que a fusão de empresas continue crescendo e a área contábil tem um valor fundamental no desenvolvimento do processo. Caso você ainda tenha dúvidas, deixe um comentário!