Estar em dia com o fisco é imprescindível para um empresa que queira levar uma vida tranquila em seus negócios. Porém, lidamos em nosso país com um sistema de legislação complexo, volátil e oneroso, que exige dos empresários muito esforço para minimizar os gastos voltados ao cumprimento das obrigações impostas pelo fisco. Ao contrário do que muitos pensam, governança tributária no Brasil não é assunto apenas de grandes empresas: é algo que deve ser aplicado em empreendimentos de qualquer porte. Por isso, no post de hoje vamos falar sobre a importância de uma governança tributária e as práticas que devem ser adotadas para melhorar a gestão. Vamos lá?
Complexidade dos tributos
Cumprir toda a carga tributária não é fácil. Devemos levar em conta não apenas a obrigação principal, que é o ato do recolhimento dos tributos aos órgãos competentes, mas também as obrigações acessórias, como a ECF. Um dos maiores desafios da governança tributária no Brasil é enviar as devidas informações ao fisco dentro dos prazos estabelecidos, de forma que as empresas fiquem livres da cobrança de multas pesadas e tenham acesso a certidões negativas, documentos indispensáveis na contratação de negócios novos e lucrativos.
De acordo com uma pesquisa realizada entre empresas da América Latina pelo Banco Mundial em parceria com as consultorias KPMG e Fundação Heritage, uma empresa no Brasil gasta cerca de 2.600 horas por ano no cumprimento de obrigações ao fisco. Os nossos vizinhos argentinos precisam de 415 horas, enquanto para os hondurenhos bastam 224 horas. Esse complexo cenário brasileiro é nocivo também para a abertura de negócios estrangeiros e o país perde em investimentos de multinacionais.
Além disso, as alterações na legislação são constantes e as empresas devem agir para manter seus negócios saudáveis. Planejamento e governança tributária são medidas essenciais a serem tomadas pelos empresários e gestores fiscais.
Como aplicar governança tributária no Brasil
Para lidar com o volume de compromissos impostos pelo fisco tributário, é recomendável que as empresas preocupem-se com duas atitudes que vão sedimentar sua estratégia para sobreviver e continuar operando de forma tranquila: contar com pessoal qualificado e investir em soluções tecnológicas.
Contratação de pessoal qualificado
Um recrutamento cada vez mais apurado, para filtrar os profissionais mais preparados, é atitude fundamental a qualquer empresa no Brasil. Atualização com a legislação, domínio de novos procedimentos e trabalho em equipe são características dos colaboradores que vão manter o seu empreendimento livre de atritos com o fisco.
Investimento em soluções tecnológicas
Com o advento do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), ficou claro que o fisco despertou para o uso da tecnologia em seus processos. As empresas também devem adotar essa estratégia e estarem munidas de recursos para dar conta do trabalho a ser empreendido. Existem empresas de expertise no mercado dedicadas a criar inovações em soluções tecnológicas, por exemplo, dotadas de funcionalidades que monitoram quais obrigações devem ser entregues e seus devidos prazos.
Governança tributária no Brasil é um item que deve ser aplicado imediatamente pelas empresas. A presença do fisco tende a aumentar à medida que o cruzamento de dados se potencializa. Os empresários e gestores de departamentos fiscais que ignorarem essa situação obterão péssimos resultados em seus negócios.
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