O governo brasileiro tomou medidas para reduzir a tensão entre fabricantes de pneus locais e importadores. A Camex decidiu manter a alíquota de importação de pneus de carga em 16%, mas aumentou de 16% para 25% o imposto sobre pneus de carros de passeio por um ano. A decisão, que será informada aos países do Mercosul, ocorre em meio a uma disputa entre fabricantes locais e importadores, que trazem pneus mais baratos, principalmente da China. Enquanto os fabricantes queriam um aumento maior na alíquota para equilibrar a competição, a crise climática e o impacto nas tarifas de frete influenciaram a decisão final, que buscou evitar um aumento significativo na inflação.
Estudos apresentados tanto por importadores quanto pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) mostram a complexidade da situação. De um lado, importadores argumentam que o custo dos pneus estrangeiros é elevado, contradizendo a alegação de concorrência desleal. Por outro lado, a Anip aponta que a importação, favorecida por subsídios em países asiáticos, prejudica a indústria nacional, ameaçando a perda de bilhões de reais e milhares de empregos. A disputa evidencia a pressão sobre o governo, que busca equilibrar os interesses da indústria local, importadores e setores como o de transporte, que são sensíveis a mudanças nos custos de insumos. Saiba mais: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2024/09/com-risco-de-greve-brasil-mantem-imposto-de-importacao-de-pneus-de-carga.shtml
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.