Chuva de impostos pode mudar os planos do brasileiro em época natalina

O Natal 2021 será ainda mais pesado no bolso dos brasileiros, segundo especialistas do mercado financeiro. Quem optar pelos presentes, terá que se preparar! A expectativa é de que os varejistas recebam produtos eletrônicos com valores até 10% mais altos e os repassem ao consumidor. E o motivo se dá pela elevação no preço de insumos que impactam as cadeias logísticas, como o aço – com um aumento de 97% – e o plástico – 40% mais caro em relação ao ano anterior.

Os reajustes superiores a 1000% nos valores do frete marítimo agregam a sua parcela de “culpa” para este cenário. Um contêiner, que antes da pandemia custava US$ 1 mil para as empresas, agora já é negociado por US$ 30 mil pelos fabricantes.

 

Aumento dos impostos no ano 

Em sua reta final, 2021 entrará para a história da arrecadação de impostos. Isso porque nos seis primeiros meses o Governo Federal recolheu R$ 882 bilhões em taxas – R$ 137 bilhões somente em junho -, o que significa 24,49% a mais em relação ao primeiro semestre do ano passado. Esse é o maior montante em 21 anos.

Algumas medidas foram tomadas por parte do Ministério da Economia, como a redução em 10% das alíquotas de importação para aproximadamente 87% do universo tarifário, a fim de desacelerar a inflação nos impostos. Mesmo assim, o efeito será grande no bolso dos brasileiros, inclusive em relação às festas de final de ano.

 

Impactos na mesa

A ceia também será impactada pelos preços. Isso em razão de os alimentos e produtos básicos geralmente consumidos durante as festividades terem aumentado cerca de 12% em relação ao Natal do ano passado. Até mesmo o vinho, cujo consumo cresceu significativamente nos últimos meses, enfrenta uma possível queda em função do valor 9,34% mais elevado.

Com isso, a expectativa para o ano de 2022 também beira a incerteza. Após os aumentos significativos de taxas que envolvem o transporte de mercadorias, base para quase todas as cadeias de produção, os fretes estão mais custosos. De acordo com especialistas, é necessário entender que a retomada à normalidade não será imediata, e que precisará de um acompanhamento.

 

Imposto à vista

A flexibilização das medidas de isolamento, atrelada ao crescimento da imunização em território nacional, tornaram viáveis os planos para viagens no final de 2021. Na prática, esse planejamento teve que ser recalculado pelos usuários que procuraram passagens aéreas.

No acumulado de 12 meses, o preço dos bilhetes tiveram aumento de 56,81% – os voos domésticos ficaram 21,7% mais caros em relação ao ano de 2020 -, um número considerável quando comparado ao índice geral da inflação acumulada de 12 meses, que fechou em 10,25%.

Como consequência, houve uma queda de 41,1% no PIB do Turismo da América Latina – US$ 110 bilhões -, muito em função das medidas de isolamento obrigatórias e do acúmulo de taxas e impostos nas viagens nacionais e internacionais. 

Como medida para incentivar o turismo local, o governo uruguaio decidiu isentar os estrangeiros, não residentes no país, de pagarem o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) em serviços como hotéis, aluguel de carros, restaurantes, bares e, até mesmo, na locação de imóveis. Alguns outros países podem seguir a mesma linha, diminuindo a taxação para estimular as viagens locais.

 

Fique de olho!

Como ficam as empresas que atuam nos mercados de alimentos, bebidas, transporte e viagens neste final de ano? É preciso ficar de olho em tudo o que o mercado tem a nos dizer neste e no próximo mês!

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