Com o fim do FCONT e do RTT, ECF e ECD passam a ser responsáveis por ajustes contábeis.
Após 6 anos em vigor, o chamado Regime Transitório Tributário (RTT) não é mais obrigatório, trazendo a necessidade de uma série de mudanças e ajustes contábeis para empresas que precisam lidar com padrões internacionais de contabilidade. Criado para anular os efeitos contábeis causados pelos padrões internacionais de contabilidade , o RTT afetava principalmente as empresas tributadas pelo lucro real l e par aquelas que mesmo não sendo tributadas pelo luco real adotam o padrão internacional de contabilidade. Com o fim do RTT, foi extinta também em 2015 a obrigatoriedade do Controle Fiscal Contábil (FCONT), demonstrativo do RTT. Apesar do fim da entrega do FCONT, os ajustes contábeis ainda são necessários, já que o Fisco brasileiro estabeleceu seu modelo contábil aqueles práticos até 31.12.2007, exigindo adaptação das regras contábeis para os padrões estabelecidas nessa data. O que mudou foi o processo e o local onde esses ajustes serão registrados, fazendo parte da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) e da Escrituração Contábil Digital (ECD).
O processo de transição do RTT para a ECF vai ser complicado, demandando tempo e investimento por parte das empresas. Com todos os ajustes contábeis dentro da ECF, houve a necessidade de criar mecanismos que evidenciam as mudanças a serem feitas, principalmente na adoção inicial após o fim do RTT, exigindo toda esta adaptação a métodos e práticas contábeis mais modernas. Pensando nesse panorama, foram criadas as chamadas “Subcontas”, que registram as mudanças contábeis necessárias, mostrando as modificações feitas na transição das leis e práticas contábeis internacionais para o padrão aceito pelo fisco, garantindo uma não influência dessas regras na tributação nacional, principal objetivo do Fisco com essa imposição. Com a criação das subcontas, se fez necessário registrar essas informações nos arquivos digitais a serem entregues para o SPED, criando o livro Razão Auxiliar das Subcontas (RAS) que deve ser apresentada dentro da ECD. Vale lembrar que o processo de criação de subcontas é moroso e complexo, mas é a melhor alternativa para as empresas continuarem em regularidade com o Fisco, mas quem não adotar esse tipo de operação pode não conseguir fazer os ajustes necessários exigidos pelo Fisco.
Passado esse primeiro processo dentro da ECD, temos que passar essas tabelas para ECF. Vale ressaltar que o processo dentro da Escrituração Contábil Fiscal é alimentado pelo conteúdo proveniente da ECD que contém o livro Z com o formato RAS, por isso muita atenção ao consolidar os dados e recupera-las na ECF, erros na etapa inicial podem por toda a operação em risco. Tendo os dados da extinta FCONT inseridas em sua ECF por meio do registro Y665 para registrar as diferenças contábeis e fiscais para fins de adoção incial , itemcriado pelo Fisco para receber as informações do extinto FCONT.
Como é de praxe no sistema tributário brasileiro, toda essa adaptação de processo e mudanças de práticas fiscais são para “ontem”. Empresas que têm um grande número de “Subcontas” para gerenciar começam a se desesperar e por consequência tirar o sono dos profissionais responsáveis. Como atender uma exigência complexa em tão pouco tempo? Investindo em tecnologia. Ter um sistema fiscal que faça toda essa aglutinação de informações e facilite a apuração das informações solicitadas pela ECD e por tabela consumida na ECF, é um diferencial de mercado, evitando um overwork do seu departamento fiscal além de garantir maior precisão e segurança nos dados entregues ao Fisco.
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