O setor varejista, muito dinâmico e complexo na gestão contábil, terá um novo capítulo com a implantação da reforma tributária, principalmente na operação e planejamento. A unificação de tributos e a adoção de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que prometem simplificações, vão exigir uma transição das empresas do segmento, para que mantenham equilibradas a competitividade e a conformidade fiscal. Será essencial conduzir esse processo sem que haja impactos especialmente para pequenos e médios varejistas, que somam uma parcela muito grande de mercado no Brasil. No entanto, espera-se um alívio na carga tributária, que representa uma oportunidade ao segmento.
A reforma tributária trará mudanças substanciais nos preços e na gestão fiscal. Além da unificação de impostos, a revisão das alíquotas promete melhorias para a gestão contábil, mas também gera incertezas, especialmente nos preços finais. Para produtos essenciais, a expectativa é de redução. Já para produtos não essenciais, o cenário é mais complexo, com a possibilidade de manutenção ou aumento dos preços, dependendo de como as empresas absorverão as novas regras e alíquotas, e como as mudanças na partilha do imposto entre estados e municípios podem impactar os preços.
O varejo precisará se adequar à nova estrutura de tributação, com uma transição que exige a integração dos sistemas internos com as novas plataformas governamentais, para emissão de notas fiscais e apuração de impostos. A complexidade do sistema de créditos no IVA dual requer um controle rigoroso para garantir o aproveitamento dos benefícios fiscais, mas exige investimentos para treinar as equipes em como operar sob as novas regras e, principalmente, para implantação de tecnologias que possam conduzir esse processo. A adaptação a esse novo cenário exige planejamento estratégico e o uso de soluções tecnológicas que auxiliem na gestão tributária, senão o desgaste para atingir a conformidade no prazo estipulado afetará a competitividade das empresas do setor.
O papel da tecnologia como ferramenta de condução da transição
Adotar tecnologias para gestão tributária não é mais uma escolha, mas uma questão de sobrevivência a partir de agora. A adaptação às novas regras tributárias demandará capacitação e soluções digitais que agilizem e normalizem o processo dentro do período de transição – de 2026 a 2033 -, para varejistas de todos os portes. Ao adotar soluções tecnológicas de gestão tributária, as empresas podem superar os desafios e aproveitar as oportunidades do novo sistema.
A simplificação tributária tende a diminuir a burocracia e os custos operacionais, para quem tiver processos automatizados de gestão. Cálculo automático de impostos, integração com as plataformas governamentais para emissão de documentos fiscais de forma ágil e segura, melhoria na gestão de créditos tributários na apuração e aproveitamento deles, além de auxílio na tomada de decisões estratégicas e melhoria na comunicação entre diferentes departamentos são alguns dos benefícios extras que a implantação de soluções digitais trará.
A transição vai ser trabalhosa, mas pode ser menos complexa e ‘dolorosa’ para quem entender, o quanto antes, que precisará da tecnologia como aliada. O Governo vai utilizar ferramentas digitais para apuração dos tributos, então o varejista não tem saída, vai precisar investir em soluções tecnológicas para se adaptar com rapidez e ganhar competitividade perante a quem postergar essa decisão
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